Category: Críticas


o ultimo cine drive-in2

Os cinemas drive in, nos dias de hoje, não são tão comuns como já foram um dia. O avanço da tecnologia tornou inevitável o desaparecimento desse tipo de cinema que trazia toda uma vivência para o espectador. Hoje em dia, pensamos no cinema como simplesmente entrar numa sala, sentar numa cadeira exageradamente confortável, ver trailers desnecessários, assistir a um filme e simplesmente deixar o lugar. Já o cinema drive in traz um leque de experiências muito mais interessantes como o fato de ter que sintonizar a rádio para ouvir o áudio, acender o farol do carro para pedir algo do cardápio, por exemplo, como o filme nos mostra.

Continue lendo

Apocalipse Z

O livro “Apocalipse Z, O Princípio do Fim”, de Manel Loureiro, conta a história de um advogado viúvo que vive com seu gato Lúculo.

Ele é aconselhado por sua psicóloga a criar um blog para contar um pouco da sua vida. Sua primeira postagem fala sobre sua rotina e costumes. E começa a falar sobre um ataque de rebeldes em uma instalação militar em Cáuscaso. E durante suas outras postagens, esse caso vai ganhando grandes proporções até fecharem as fronteiras da Rússia. E, com os ataques, um vírus é solto, mas não se sabe nada sobre ele.

Depois de um tempo, esse vírus avança para os outros países e o advogado resolve ficar em casa enquanto seus parentes viajam para longe das cidades.

A cidade é evacuada para áreas seguras, porem o protagonista se escondeu e ficou em casa. E ele começou a ouvir que os infectados atacavam os enfermeiros e doutores, até ele descobrir que eles se levantavam do seu leito de morte e atacavam a todos e recebeu instruções de não se aproximar e acaso isso ocorra é necessário acertá-lo na cabeça e o uso de arma de fogo foi liberado pelo governo.

Ao passar da história, ainda escrevendo em seu blog, ele relata a passagem de vários infectados em direção a essas áreas seguras e, depois de algum tempo, foi possível ouvir o som de vários tiros sendo disparados.

Apenas alguns ficaram em sua rua e suas únicas armas são um cabo de guarda chuva e um arpão. E, como seus mantimentos estavam acabando, ele deve sair, com seu gato, em busca de mais suprimentos e um esconderijo.

Análise:

O livro conta a história em forma de anotações que, ao início, era escrito no blog e depois foi escrito em um diário no qual ele pretende guardar para que, quando passar a epidemia, possa ser lido por todos, mas não atrapalha no envolvimento ou entendimento do livro.

Este é um livro bastante detalhado e também consegue mostrar o sentimento das personagens mesmo não sendo o do protagonista, que é o autor do diário. E mostra a mudança da sociedade em meio a um caos, então ele não deve apenas lutar para sobrevier e contra os infectados, mas também deve lutar com sobreviventes.

O que força nesse livro são as “coincidências” ocorridas durante a história, como por exemplo: ele comprou e o montador montou painéis solares em sua casa dois dias antes do ocorrido e também que ele já sabia navegar e conseguiu encontrar um último barco no porto, dentre outras.

Mas é um bom livro, ele prende a atenção do leitor e principalmente daqueles que gostam do gênero e a história é de horror.

Eu recomendo.


Sinopse da série:

Em “Apocalipse Z (Vol. 1): O princípio do Fim” (Editora Planeta, 2010), o protagonista descobre que há algo de errado por meio de notícias estranhas que pipocam em todo o canto do mundo. Seu desafio será escapar vivo e encontrar outros sobreviventes quando os “não mortos” (nome dado aos zumbis) começarem a invadir a sua cidade.

Na sequência “Apocalipse Z (Vol. 2): Os Dias Escuros” (Editora Planeta, 2011), caberá aos sobreviventes conseguirem chegar às ilhas Canárias, até então consideradas como o único lugar não contaminado do planeta. O lugar, no entanto, enfrenta uma grave guerra civil.

No último volume, “Apocalipse Z (Vol. 3): A Ira dos Justos”(Editora Planeta, 2011), os protagonistas terão que lidar com um mundo pós-apocalíptico. Neste novo cenário, as disputas políticas entre as nações sobreviventes, junto à briga por uma possível cura contra o vírus que criou os “não-mortos”, pode colocar tudo a perder.

(Fonte: Folha.com)

Obs: Em breve teremos a análise do livro dois e três.

‘O Espetacular Homem-Aranha’ (The Spetacular Spider-Man,2012) estreou nessa sexta feira nas salas de cinema de todo o Brasil. Muita expectativa rondava esta produção da Sony Pictures, um ‘reboot’ nas telonas idealizada pela produtora para tentar melhorar as vendagens e até mesmo as histórias do Aranha. Por um motivo ou por outro, os filmes anteriores não agradaram muito ao público por mostrar Peter Parker já numa fase de transição entre a adolescência e a vida adulta, com as tais ‘responsabilidades’ que viraram um ícone do heroi, palavras proferidas pelo próprio Ben Parker em Homem-Aranha (Spider-Man, 2002), na que foi a primeira saga do aracnídeo nos cinemas.

Mas enfim, este é o passado.  ‘O Espetacular Homem-Aranha’ é o presente. É o que temos de mais atual do Homem-Aranha nos cinemas. A expectativa era grande. A produção prometia muito. A promessa de algo mais novo e jovem, a aposta em Andrew Garfield no papel principal e Emma Stone no papel de Gwen Stacy. A promessa de algo grandioso. À altura do Homem-Aranha.

Afinal, a espera foi recompensada ? Leia e descubra.

Bom, vou ser curto e grosso: não. Desculpe se criei certa expectativa em você, caro internauta, com a introdução acima. Na verdade, isso ainda pode ser resgatado se você não tiver conhecimento sobre as histórias do Aranha nos quadrinhos, como explicarei a seguir.

Peter Parker é picado por uma Aranha radioativa e se torna o Homem-Aranha. Aquele jovem que sofria bullying na escola e era intimidado por seus colegas agora tinha o poder de revidar e se mostrar com uma ‘cara nova’ aos que estudam no Colégio Midtown. Vemos o desenvolvimento de suas relações com os colegas e principalmente com a maravilhosa Gwen Stacy (Emma Stone), que é a primeira paixão do nosso herói.

Vamos começar falando dos pontos positivos do filme. As atuações são muito boas, ainda mais porque os personagens principais da trama são parecidos com os das revistas em quadrinhos. É só você olhar para a excelente Emma Stone na tela do cinema que você claramente pode identificar Gwen Stacy, se souber o mínimo sobre o universo de Homem-Aranha. Andrew Garfield também se mostrou uma boa escolha para o papel, embora às vezes faça muitas caretas durante o filme (mas isso é o de menos). A maneira como Gwen e Peter se relacionam também é um ponto forte no filme, e é algo totalmente herdado de Marc Webb, que havia dirigido 500 Dias Com Ela e que usou esse modelo para fazer os diálogos entre o par amoroso no desenrolar dos acontecimentos. Depois de sua transformação, vemos um Peter realmente ‘badass’, diferente da outra trilogia; Até mesmo contra os bandidos ele passa a fazer as clássicas brincadeiras e piadinhas, como nos quadrinhos.

Outra boa coisa a ressaltar é a evolução dos quesitos técnicos, como a fotografia e os efeitos visuais e especiais, que são espetaculares e conseguem envolver os espectadores conforme vão sendo exibidos, como nas partes em que o Aranha se balança por Manhattan.

Agora vamos às partes negativas da coisa. O Espetacular Homem-Aranha prometia, a princípio, mostrar ‘o que nunca fora contado’, a história dos pais de Peter Parker. Como tocar num assunto que nunca antes tinha feito sucesso nos quadrinhos e muito menos que tinha feito sentido nas páginas e conseguir explicar isso nas telas ? A verdade é que o filme simplesmente não explica o que houve com os pais de Peter (Andrew Garfield). Pareceu somente um pretexto para que o jovem se distanciasse mais e mais dos seus tios, Ben (Martin Sheen) e May (Sally Field), o que é um erro, afinal, nos quadrinhos ( e em todas as outras histórias sobre o Homem-Aranha ) os dois eram simplesmente muito ligados ao sobrinho, que neste novo filme os trata com frieza, e parece só ligar para os pais e para o ‘desaparecimento’ deles. Essa simplesmente não é a essência do Peter Parker que todos os leitores conhecem.

Vemos mais o Homem-Aranha sem máscara do que com ela, o que pode ser algo meio chato para quem quer ver mais as cenas de computação em que o aracnídeo se balança pela cidade; Mas como se trata de um recomeço, era até mesmo um pouco esperado que isso acontecesse, porque os roteiristas iriam preferir explicar as origens do heroi e tal. Mas o que vemos é um roteiro completamente cheio de furos e de elementos que são mostrados no filme que são muito forçados e tentam arrancar a risada dos telespectadores a todo custo. Essas cenas às quais me refiro não somente chegam a ser cansativas como mostram a falta de verossimilhança dos fatos com a realidade seja dentro ou fora dos quadrinhos. Steve KlovesJames Vanderbilt e Alvin Sargent foram os culpados por essas cenas forçadas e também pela cadeia de coincidências que somente facilitam a vida do heroi nas telonas.

Realmente não há nada a se comentar sobre esse tipo de cena sem dar spoiler para você que ainda não viu o filme, mas com certeza você vai notar as coincidências principalmente no fim do filme, tente reparar no que acontece e que parece tão improvável de acontecer como aquelas propagandas da Coca-Cola (0,0000001%).

Conclusão

No geral, é um bom filme, com alguns erros no roteiro que são ofuscados (felizmente?)  pelos excelentes efeitos gráficos e excelentes atuações. É divertido, mas se levarmos para o lado mais analítico, tem um enredo cliché e pode desagradar um pouco.

Cornetadas

Aliás, onde está a clássica frase do Tio Ben ? Onde estão os momentos icônicos do filme ?

Que os direitos voltem para a Marvel e que o Aranha entre no grupo dos Vingadores !

Não veja em 3D, o filme não foi feito em 3D e não merece ser assistido em 3D. E assista os créditos para ver a cena ‘final’ !