Archive for novembro, 2012


Crítica| 007-Operação Skyfall

Os filmes de 007 sempre foram marcados por vários motivos. Durante os longos 50 anos de história da franquia cinematográfica que começou lá atrás com Sean Connery, o agente mais eficiente do M16 sofreu várias mutações, várias transformações, todas elas de acordo com a época em que o filme em questão estreava nos cinemas. Cada um dos 20 filmes anteriores à ascensão de Daniel Craig ao cargo foi marcado por algum aspecto em específico, mas em todos eles, a alma de 007, a alma de James Bond fervia incessantemente.

Em 007-Operação Skyfall (Skyfall, 2012) não foi diferente. O filme num todo é uma junção de todos os elementos que tornaram 007 o agente que ele é com aspectos da atual realidade mundial  e também da renovação que os estúdios estão trazendo para a série.

Já começa de modo magnífico.

Os primeiros acordes de Adele já evidenciavam a grande história que ainda estava por vir. Os vocais da britânica pareceram estar mais afinados que nunca, e combinaram muito bem com a famosa cena de introdução depois de uma cena inicial. A música-tema é simplesmente perfeita. Tanto na letra quanto na musicalidade, ela já dá um ar épico à película que está lá. A atmosfera de melancolia também é perceptível nesses primeiros vocais, que já preparam terreno para o fim do filme.

 Como é de praxe, o filme começa com uma cena extraordinária de perseguição.  Assim como nos filmesanteriores, James Bond persegue um bandido, só que desta vez pelas ruas movimentadas de Istambul, atrás de uma lista roubada com o nome de todos os agentes que os membros da OTAN tinham infiltrados em empresas multinacionais de outros países. A perda desta lista para inimigos poderia significar o início de uma grande revolta mundial contra esses países e, possivelmente, uma guerra.

A pessoa apontada por ser a causadora de tudo isso?M. A diretora de operações do MI6 foi responsabilizada pela perda dessa lista e é colocada contra parede, sendo pressionada por todos os lados, ora por sua eficiência, ora por alguns atos seus que ocasionaram o tal acontecimento, inclusive um que é vital na vida de James Bond. Mas M não sucumbe, e promete terminar o que começou.

– Eu não quero sair quando ainda me resta dignidade. Quero sair quando tiver terminado tudo isso. Não posso sair deixando o MI6 em pior estado do que o encontrei.

Bond, no meio desta história toda, aparece como a pessoa que pode acabar com essa crise dentro do Serviço Secreto Britânico, mesmo ainda tendo que lidar com o que havia lhe acontecido ainda nos primeiros minutos de filme.

Assim, a história toda se desenrola ao longo de – muito bem cadenciados- 143 minutos. Durante todo esse tempo, o diretor Sam Mendes conseguiu fazer algo esplêndido, digno de um filme de 007. Depois de 22 filmes, era de se esperar que as histórias de James Bond já estivessem no fim, mas o diretor prova que não.

Usufruindo de elementos atuais, de cenários atuais, de situações atuais e do que é demandado atualmente pelo público, Skyfall flui muito bem na mente de seus espectadores. Mendes ainda dá um real valor à palavra espectador, pois faz todos quererem saber o que vai acontecer a seguir, a cada cena que muda desde o início até o fim do filme. Vale destacar a grande variabilidade de cenários e de locais que foi utilizado no filme; É um cenário mais magnífico que o outro. A cada tape diferente, um novo cenário é projetado nas telas, renovando a expectativa, renovando a narrativa, renovando a vontade de ver o filme. E isso é só ajuda. Os lindíssimos cenários que são postos à vista são de impressionar; a fotografia de Skyfall é algo feito de maneira extremamente cuidadosa, e é possível de se ver isso em vários momentos do filme, como na parte do prédio em Shangai.

Como se não bastasse tudo isso, Mendes ainda fez questão de adicionar os elementos clássicos que estavam presentes noutros filmes. Adicionar não, eu diria resgatar. O modo como isso foi mostrado se mostra extremamente simples e eficiente, fácil de ser percebido por quem vê o filme. Seja o Aston Martin DB5, seja a arma de Bond, esses elementos costuram a teia de 007 dentro da narrativa, combinando muito bem com o roteiro muito bem amarrado do filme.

Ora com enredo de drama, ora com enredo de ação, ora com enredo de humor, é difícil de se saber que você ficou duas horas e vinte minutos assistindo a Skyfall quando você sai da sala de cinema; o tempo parece não passar. A riqueza da história é tanta que o tempo se torna irrelevante ao espectador. Aliás, o humor que é imprimido- mais que nunca- nessa história de 007, se faz essencial para que esse efeito ocorra.

Vale destacar a atuação de Javier Bardem como o Silva, grande vilão do filme. Muito disso é por causa das sacadas humorísticas que ele imprimiu ao personagem, adicionando ainda mais na sua maleficência e em seus tons de sadismo. Mesmo no vilão, ainda há uma perceptível releitura de obras passadas de 007, porque ele- também- possui um tipo de ‘qualidade’ atenuante, que somente acentua a sua bizarrice.

Daniel Craig se prova ainda mais como um dos melhores 007 da história, muito disso por causa de uma possível já adaptação do espectador em vê-lo como o agente do MI6, além de sua extrema eficiência como o grande ator que é. Judy Dench, a anfitriã da franquia, é parte monumental na trama, muito por causa de sua personagem, que nunca esteve tão próxima a um conflito como agora. Com o passar dos anos, ela foi dando uma forma a M, que teve que ser drasticamente mudada nesse filme, justamente por causa da posição de M na história.

Skyfall é o melhor filme da franquia 007, e o que é ainda melhor: dá um novo fôlego a ela, para, quem sabe, mais 50 anos de história. James Bond voltará em breve.

E com prazer.

Ouça a música-tema incrível:

Passou na TV | O preço do amanhã (2011)

“Tempo é dinheiro”. Quantas vezes não escutamos essa frase em nossa vida e nos filmes? Mas e se tempo fosse literalmente dinheiro?

Em “O preço do amanhã” (In Time), os seres humanos foram geneticamente modificados para não envelhecerem após os 25 anos. O problema é que, após essa idade, um relógio no corpo de cada um começa a decrescer, a partir do valor de um ano. Quando o tempo acaba, você morre. A unica forma de viver é conseguir mais tempo, e tempo é literalmente dinheiro. Will Salas (Justin Timberlake) é só mais um homem comum nesse mundo, que vive na periferia. Quando Henry Hamilton (Matthew Bomer), um homem que tem mais de um século de tempo, é cercado pelos Minutemen, a máfia do tempo, Will o salva e então, enquanto dorme, Henry doa todo o seu tempo para Will. Graças a isso, Will passa a ser perseguido pelos guardiões do tempo, suspeito de assassinar Henry

Com uma idéia inovadora, uma história sem precedentes, muito bem produzido, e repleto de ação, “O preço do amanhã” é um filme emocionante, com um bom elenco e com alguns bons efeitos especiais, e cria um novo ponto de vista sobre dinheiro e a famosa frase “tempo é dinheiro”. Vale a pena de se assistir

Passou na TV | Escola de Rock (2003)

Acho difícil que alguém ainda não tenha assistido esse filme, mas ainda assim vou recomendá-lo

Dewey (Jack Black) é um roqueiro que tocava com sua banda, mas não fazia sucesso. Após ser mandado conseguir dinheiro, Dewey toma o lugar de professor quando o amigo Ned Schneebly (Mike White) recebe um convite para a escola. Como não é um professor, não sabe como dar aula, mas tem a ideia de ensinar rock e formar uma banda com a sala. Mas a escola é uma escola rígida, e os alunos só conhecem música clássica

Um filme que acredito que quase todos conhecem, “Escola de Rock” (School of Rock) é uma excelente comédia muito bem produzida, com uma bela história que mostra o envolvimento que professores e alunos podem ter, e que mostra o que é música de verdade. Quem sabe quem é Jack Black, sabe que vai ser engraçado.

Com uma excitante trilha sonora, e com composições feitas exclusivamente para o filme, “Escola de Rock” é um filme que não pode ser esquecido, mas acredito que nunca vá ser

Me desculpem por não encontrar um trailer em português

-E matemática?
-Não, não é importante”

Passou na TV | Roubo nas Alturas (2011)

Primeiramente, gostaria de me desculpar por não ter postar nada a algum tempo, mas está difícil de eu ver algum filme bom na tv, e temos estado sem assunto para postagens. Mas de qualquer forma, vamos falar sobre o filme da vez.

Em Roubo nas Alturas (Tower Heist), Josh Kovacs (Ben Stiller) gerencia um condomínio residencial de alto padrão em Nova York, por mais de uma década. De repente, um dos inquilinos, Arthur Shaw (Alan Alda) é preso pelo FBI por fraude. Josh pensa se tratar de um engano, mas logo descobre que a aposentadoria de todos os funcionários do condomínio foi desviada por Arthur. Após um dos trabalhadores tentar cometer suicídio, Josh toma uma decisão: roubar o apartamento de Arthur, na luxuosa cobertura do prédio, e encontrar os US$ 20 milhões desviados. Porém, ele percebe que vai precisar da ajuda de alguém que realmente entenda do assunto: Slide (Eddie Murphy). Apesar de serem amadores, estes ladrões principiantes conhecem o prédio melhor do que ninguém. Afinal, eles vinham observando o lugar durante anos, apenas não sabiam disso

Uma comédia com ação situada em um prédio, Roubo nas Alturas é um filme divertido, engraçado e bom de assistir, apesar de o começo parecer mais com um filme de ação que uma comédia (e é o contrario), faz com que se de boas risadas com algumas ideias absurdas, mas que possui também algumas cenas com certa ação e aventura, além do planejamento que ocorre em todos os filmes de roubo. Logo abaixo, você verá o trailer desse muito bom filme que indico hoje