“Feliz Jogos Vorazes, e que a sorte esteja sempre a seu favor.”

Jogos Vorazes não é apenas mais uma saga infanto-juvenil. É um fenômeno que atraírá ainda mais espectadores ao longo dos anos.

‘Jogos Vorazes’ (The Hunger Games, 2012), é um longa-metragem dirigido por Gary Ross eque é baseado no best-seller da escritora Suzanne Collins. Além disso,  bateu recordes como o de maior venda de ingressos antecipada de um filme ‘não-sequência’ nos Estados Unidos, ficando atrás, apenas, de outrás séries de livros que viraram filmes, como A Saga Crepúsculo: Lua Nova, Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2, A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 1, A Saga Crepúsculo: Eclipse e Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1.

Todas as 2.000 sessões que assistiram  na última sexta (23) viram um filme que pode, sim, ser comparado a essas outras grandes séries de sucesso. É claro que pode. Mas não como ‘obras ou enredos semelhantes’, nada disso. Chega até a ser injusto que esse filme seja comparado, por ter um enredo tão ‘inovador’, e que visa mostrar uma visão de mundo futurista em relação a que temos agora. E de ter uma história muito mais envolvente e interessante que envolve mais o espectador ao longo de todo o filme.

Katniss Evergreen, a protagonista da história.

‘Jogos Vorazes’ se passa em algum tempo no futuro em que a América do Norte foi dividida em 12 distritos, pelo fato de esses terem se ‘rebelado’ contra o Governo em algum momento, que ganhou a batalha contra a rebelião de forma ‘lenta, gradual e segura’, por assim dizer. Todos essas divisões, então, deixaram de receber ajuda do Governo, que passou a tratar todos os cidadãos lá existentes como hostis, assim que saíssem das fronteiras determinadas. A parti daí, começou a ser um cada um por si em seu distrito, sendo que cada um deles tinha certa cultura e certas tradições próprias. Não bastasse essa divisão, foi decretado que esses 12  tivessem que disputar entre si jogos denomindados ‘Jogos Vorazes’, que em certa interpretação pode-se levar em conta o fato de que a maioria da população que um dia fora rebelde não recebe nenhum tipo de ajuda, tendo que incluir tarefas como a caça e a coleta de frutos em seu dia-a-dia.

Nesses jogos, são escolhidos 12 meninos e 12 meninas de cada um desses distritos para o representar, cada par, sua ‘terra natal’, na busca de glória e também de comida, já que o ganhador desses jogos consegue um ano de suprimentos por parte do governo. Não é possível dizer ‘não’ a essa escolha, mas sim, fazer o que a personagem principal fez. Katniss

Katniss causando boa impressão aos espectadores (dentro do filme) de ‘Jogos Vorazes.

Everdreen (Jennifer Lawrence) se ofereceu como tributo para que sua irmã mais nova não fosse participar dessa competição. Por quê? Bom, nesse jogos todos os ‘tributos’ de cada distrito lutam entre si até a morte, sendo que o último a ficar vivo ganha a competição.

No filme, as cenas de ação e violência foram genialmente retradas pelo diretor Gary Ross, que preferiu colocar ‘flashes’ de luta e de sangue, sem que o filme se tornasse uma mutilação desnecessária e que talvez pudesse causar certa repulsa do espectador, e alternando essas cenas com a parte ‘parada’, com vários diálogos que revelam muito sobre a realidade vivida pelos personagens. Além disso, é apresentada uma outra perspectiva além da que é mostrada no livro, que é a da dos ‘organizadores’ do evento e mostrando suas decisões no desenrolar da trama.

Nesse contexto, é retratada a história de Katniss desde uma breve introdução ao que havia acontecido na realidade do filme até ela mostrando toda a sua perspicácia e eficiência com um arco em sua mão e flechas em sua aljava, competindo nos ‘Jogos Vorazes’, em que passa por muitas situações de aperto em que se encontra quase sem saída. Sempre salva por algum ‘artifício’, ou simplesmente pela sua sorte, por assim dizer. Se foi isso, Katniss é ralmente muito sortuda.

Além do fato de ‘The Hunger Games’ ser uma adaptação de um livro, ele trata de vários temas comuns nessas obras literárias citadas no início da matéria, como a coragem implacável e a superação dentro de certas situaçõs das mais adversas, e que contam com a eficiência dos personagens, com a amizade e com até mesmo a sorte. Ou então o ‘amor’, que também é expressado dentro do filme

“Jogos Vorazes” é um filme que conseguiu reunir músculos e cérebro em uma mesma trama, em que, por exemplo, os movimentos de Katniss são mostrados como sendo ‘calculados’ pela personagem em vários momentos do filme, como o em que ela atira uma flecha em direção a um saco de frutas. O jogo de câmeras conseguiu fazer com que quem assistisse o filme conseguisse sentir o que a protagonista sentiu em todos os momentos, provocando reações como ‘Não, vai pro outro lado!’ ou ‘Atira a flecha, rápido!’ nas salas de cinema, o que é muito bom, e que serviram até mesmo para quem já havia lido a obra de Suzanne Collins.

Katniss e Peeta treinando para os jogos; ambos são os escolhidos do distrito 12.

É um enredo envolvente, cheio de situações adversas que envolvem todos a que assistem ao filme, com uma ótima filmagem e que despertou o interesse de muitos que ainda não haviam lido a série de livros por essas obras, o que é muito importante para que uma saga faça história, tanto nas livrarias quanto nas salas de cinema. O filme abriu o caminho para o restante dos filmes que certamente serão produzidos nos próximos anos e que vão quebrar ainda mais recordes nessa caminhada.

Depois de histórias como as de vampiros que brilham lobisomens despersonificados de sua forma original e de histórias sem gosto e raquíticas quanto ao conteúdo intelectual, ‘Jogos Vorazes’ é uma nova luz no fim do túnel, não apenas para esse público, mas também para aqueles que buscam inteligência, demonstrações de força e de coragem,além de lições de moral que são mostradas com perfeita harmonia durante o filme e que causam uma absorção muito mais agradável e duradoura a quem o assiste.

Portanto, aproveite a sessão: “Feliz Jogos Vorazes, e que a sorte esteja sempre a seu favor.”