‘A Invenção de Hugo Cabret’ (2011) é o primeiro filme em 3D feito pelo diretor Martin Scorsese. A trama é baseada no livro de  Brian Selznick, ‘The Invention of Hugo Cabret’, que par ao filme fora diminuído para ‘Hugo Cabret’ e posteriormente, denominado apenas de ‘Hugo’, como foi lançado nos Estados Unidos.

Hugo Cabret ganhou 5 Oscars no ano passado.

O filme conta a história de um garoto de 12 anos que perdera seu pai num acidente trágico no museu onde o homem trabalhava. Logo depois, o tio dele o ‘encaminha’ para a estação de trens no centro da Cidade-Luz, e depois o ensina a arrumar os relógios de lá. Hugo (Asa Butterfield) trabalhava com seu pai (Jude Law) como relojoeiro em sua loja, e antes de sua morte, o pai dele havia encontrado um autômato antigo numa parte ‘escondida’ do museu em que trabalhava. Esse robô estava muito antigo e não funcionava: faltava uma ‘chave’ especial em forma de coração, que possivelmente faria o androide funcionar. O garoto estava tentando arrumá-lo quando seu tio chegou na loja e contou-lhe as más notícias.

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Hugo Cabret e seu pai tentando consertar o autômato, que vira uma obesessão para Hugo no ótimo enredo do filme.

A partir disso, o garoto tenta fazer de tudo para que o robô funcione e o tem como seu único parceiro, já que seu pai morreu e que o tio o deixou por sua própria conta na estação. A vontade de Hugo em arrumar o objeto vira uma obsessão para ele; entre os andares e as fugas dentro da estação, ele acaba por conhecer o dono de um pequeno estabelecimento nesse lugar, do qual rouba muitos objetos. A má fama de Hugo é tanta que o homem já até sabia das intenções do garoto ao se aproximar de sua loja. Nessa hora, começa uma grande busca por parte de Hugo para tentar descobrir mais sobre o autônomo, e acaba vendo que o que achou que era apenas uma ‘lembrança de seu pai’, na verdade era uma relíquia perdida no tempo de um dos maiores cineastas do início do século. Hugo mostra a todo momento o seu desejo de consertar todas as coisas, para que funcionem com o seu propósito original para que foram feitas, como até mesmo revela numa das cenas do filme.

Além dessa ‘história principal’, há várias outras que são contadas paralelamente ao longo do filme, com uma importância menor, mas que sempre têm algo a contribuir com a trama central. Como por exemplo, as várias cenas em que os personagens (na história) que sempre ficam na estação, sua rotina e até mesmo os sentimentos desses personagens, tomando como exemplo o ‘inspetor’ da estação que tem uma história de amor com a florista no desenrolar do filme. O que também é importante é que essas cenas têm um fim, diferentemente de alguns filmes nos quais elas ficam inacabadas quando as luzes do cinema se acendem de novo.

Cena em que Hugo conhece George Meliés.

Hugo parte nessa aventura magnífica em busca de tal resposta junto com sua nova amiga, Isabelle (Chloë Grace Moretz), sobrinha do dono da loha de brinquedos, Georges Mèliés (Ben Kingsley), e também a fim de descobrir o seu propósito no mundo depois da morte de seu pai. Trama envolvente e importante ressaltar os brilhantes efeitos em 3D da produtora e da dupla Scorsese-Depp, que fez um ótimo trabalho de adaptação do livro e fez um dos melhores filmes do ano, ganhador, inclusive, de 5 Oscars, todos de critérios técnicos, que são realmente os pontos fortes do filme e que certamente agradaram  ao espectador que assistiu o filme. Mas com certeza, esse não foi o primeiro filme ‘infantil’ de Marin Scorcese em sua carreira; ‘A invenção de Hugo Cabret’ praticamente reconta a história do cinema de forma genial e sutil, conseguindo dar um ótimo tom ao enredo.

Filme muito bom e recomendável a todos que queiram se divertir numa tarde asssistindo a um filme agradável, sutil e ao mesmo tempo com uma ótima trama e a busca pelos propósitos de um garoto de 12 anos tentando achar seu espaço no mundo, nesse caso, a grande Paris, que mais uma vez foi lugar de uma ótima história boêmia e contagiante.